Vocês lembram daquela rebelião, feita por mulheres, que teve seu estopim com a morte da jovem de 26 anos Neda Agha Soltan? Pois então, um desses dias folheando uma revista da época do protesto é que fui entender mais algumas coisas. As iranianas só querem ter seus direitos, como qualquer outra pessoa. E pensar que ainda tem gente que reclama da vida que leva, temos até a lei Maria da Penha, e quais são as leis que elas tem? Elas podem se dar ao luxo de usar véus coloridos e batom, mas as leis discriminatórias continuam as mesmas.
-Uma mulher vale, literalmente a metade de um homem em depoimentos no tribunal e em casos de indenização;
-Na divisão da herança, uma filha pode levar apenas metade da quantia recebida por seus irmãos;
-Uma menina pode ser forçada a se casar a partir dos 13 anos, e seu marido pode proibi-la de trabalhar fora de casa ou estudar quando quiser;
-Para viajar ao exterior, é necessária uma permissão por escrito do marido;
-Caso se divorciem, ele ganha a custódia dos filhos com mais de 7 anos;
-Elas são proibidas de ser magistradas e não ocupam o posto de ministra há 3 décadas. No ano de 2009 puderam pela primeira vez se candidatar à presidência, mas não conseguiram nada pois, o Conselho dos Guardiães vetou todas as 42 candidatas.*
Como é que esse povo pode tratar um semelhante de tal forma? Com opressão, brutalidade, descaso, desrespeito.
E eles ainda sustentam a ideologia de que os aiatolás (os mais altos dignitários na hierarquia religiosa) agem por inspiração divina. Tenho CERTEZA de que DEUS não quer que tratem mulheres de qualquer lugar do mundo com tal severidade.chega a ser medieval a atitude deles.
Em homenagem aquelas mulheres do Teerã vamos ainda mais, lutar pela igualdade entre homem e mulher e fazer com que respeitem os nossos direitos já conquistados.
*TRECHO TIRADO DA EDIÇÃO Nº2119 DA REVISTA VEJA.(JUNHO/2009)
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